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Lesão a jogar Padel

Recebi um paciente que se magoou a jogar padel. Ao dar um salto para bater a bola magoou o gémeo da perna esquerda.

Desde esse momento que sentiu dificuldade em apoiar o pé esquerdo no chão. Sentia o gémeo tenso e dorido.

Os sintomas que apresentava eram de uma micro ruptura muscular.

Micro ruptura muscular

Uma ruptura muscular pode ser causada pelo estiramento brusco dos músculos, pela contracção repentina , como por exemplo correr uma longas distâncias.

Todos os desportos que requerem “explosões” de velocidade, aumentam o risco de lesão. Assim como a fadiga muscular, pouca flexibilidade e a falta de aquecimento prévio à prática desportiva.

As rupturas musculares podem ser avaliadas em 3 graus, mediante a sua gravidade:

O grau I corresponde a pequenas lesões (até 10% das fibras musculares envolvidas), também designadas de micro-rupturas.

No grau II existe lesão de até 90% das fibras musculares.

O grau III implica a ruptura de mais de 90% das fibras musculares ou uma ruptura completa. Estas últimas geralmente ocorrem junto à transição de músculo para tendão ou já no próprio tendão em si.

ruptura muscular

O paciente apresentava então sintomas de uma micro ruptura:

  • Rigidez muscular
  • Dor
  • Perda de flexibilidade muscular

Tratamento

Ao receber o paciente avaliámos a limitação e a região exata da dor.

Após feito o diagnóstico, procurei qual a melhor área do corpo para iniciar o tratamento.

Em Acupunctura existem sempre diferentes possibilidades para abordar um mesmo problema. Não há apenas “uma verdade” mas várias…

Mas como saber qual o melhor tratamento para o paciente? Existem claro alguns dados que podemos usar para tentar encontrar a melhor estratégia a utilizar no paciente. Neste caso foi a sensibilidade nos canais que podem tratar a sua condição.

1- Após colocadas as agulhas foi pedido ao paciente para caminhar e avaliar novamente o grau da sua limitação. As melhoras deixaram-no surpreendido! Nunca tinha feito acupunctura antes e disse “isto funciona mesmo!”

O paciente saiu substancialmente melhor e voltou dois dias depois.

2- No segundo tratamento dizia já andar melhor mas ainda sentia alguma limitação. Mas desta vez, para sentir dor, precisava estirar o músculo. A dor encontrava-se mais “escondida”, mais profunda.

Repeti o tratamento. O paciente saiu sem limitações e ficou de voltar novamente, dois dias depois.

3 – Neste tratamento o paciente referiu já não sentir grande coisa no dia a dia, apenas um ponto quando contraia muito o músculo. Alterei então o tratamento para resolver o problema. O paciente saiu sem queixas e terminou o tratamento.

Rupturas musculares e acupunctura

A acupunctura tem um excelente desempenho neste tipo de lesões. São muitos os pacientes já tratados com problemas semelhantes. Os resultados são sempre muito animadores. Diria que a acupunctura deve ser uma das escolhas de eleição para todos os que sofrem deste problema. A fisioterapia é geralmente a escolhida como primeira escolha, mas creio ser muito útil aliar esta à acupunctura.

Crise de coluna

Um destes dias visitei uma paciente que se apresentava em crise de dor.

Após ter de passar demasiadas horas sentada por ter um problema na perna, ficou com uma dor intensa na coluna que irradiava pela perna direita

Como não estava em condições de conduzir, desloquei-me até casa da paciente para fazer o tratamento.

A dor lombar era forte e irradiava pelas costelas pelo lado direito apanhando também a perna do mesmo lado, muitas vezes.

A paciente tinha dificuldade em levantar-se, sentar-se e andar…

Começamos então o tratamento e a paciente sentiu alívio imediato.

Uma vez que o tratamento permite a mobilidade, a paciente teve oportunidade de se levantar e andar. A dor estava substancialmente mais baixa.

Acabado o tratamento, continuei o meu dia de trabalho.

No dia seguinte obtive nova chamada da paciente. Desta vez encontrava-se substancialmente melhor mas queria fazer ainda mais um tratamento pois ainda não se encontrava a 100%. Desta vez, já veio ter comigo ao meu gabinete.

Quando a vi, ainda apresentava algum desconforto junto às costelas flutuantes. Fiz o tratamento e foi aí que sentiu também um alívio substancial desse desconforto.

A paciente saiu preparada para encarar a sua vida de forma normal.

Mais um caso de esporão…

esporão do calcâneo

Recebi a mulher de um paciente com esporão em ambos os pés.

Ao tratar um paciente, fomos conversando sobre diversos temas. Numa sessão ele aproveitou para me falar da sua esposa e do que vinha sofrendo. Disse-lhe que a acupunctura tem resultados muito interessantes no que ao esporão diz respeito. Os resultados são geralmente rápidos e não são necessários assim tantos tratamentos.

O caso

A paciente apresenta-se com este problema há já muito tempo. No passado já fez fisioterapia que aliviou a sua condição. Teve uma intervenção médica marcada, mas o facto de ter feito uma cirurgia às suas varizes, viu-se impossibilitada de fazer essa intervenção.

As dores do esporão foram-se mantendo ao longo do tempo, com períodos melhores e outros piores.

A dor que apresenta em ambos os pés obriga-a a andar de forma diferente para se proteger. Um dos pés apresenta dor mais forte e num local mais interno enquanto o outro apresenta uma dor mais branda embora numa região mais medial que tem mais contacto com o chão.

Início do tratamento

Na primeira sessão, como é usual, pedi à paciente para me dizer o seu grau de dor de 0 a 10. Esta é uma escala simples que nos ajuda a entender a percepção que o paciente tem da sua dor.

  • Pé direito – Dor 9
  • Pé esquerdo – Dor 4

Comecei o tratamento com o foco no pior pé, o direito.

Ao tratar uma zona distal do problema afectado é possível o paciente verificar imediatamente a sua situação. Após inserir as primeiras agulhas pedi à paciente que se voltasse a levantar e andasse um pouco procurando a dor. Relatou alguma melhoria, neste momento a dor no pé direito havia descido para nível 5 (estava antes em 9).

Estimulei um pouco mais as agulhas e voltei a pedir à paciente para testar o pé direito. Desta vez a dor no pé desapareceu aparecendo apenas um desconforto em outra zona do pé não relacionada com o problema.

Voltei-me então para o pé esquerdo e executei o mesmo princípio. A paciente sentiu também melhoras tendo ficado sem dor no pé.

Conclusão

Estes resultados foram obtidos segundos após a inserção das agulhas, no primeiro tratamento!

É extraordinário, sim! Mas este é apenas um passo no tratamento.

Nestas situações é necessário fazer mais tratamentos para consolidar os resultados, pois o pé está constantemente submetido a impacto/agressão, o que promove a inflamação.

Segundo a minha experiência, a acupunctura no tratamento do esporão é realmente muito interessante. A acupunctura promove uma rápida recuperação da qualidade de vida do paciente e apresenta grandes resultados de médio e longo prazo.

Tratamento do Esporão, na sequência de um milagre

Tratamento do esporão do calcâneo

Recebi uma paciente que já tinha sido tratada por mim, uma vez, mas da qual já não me recordava.
Há uns anos tinha-me visitado pois vinha sofrendo de uma intensa dor no calcanhar direito. Era uma dor muito forte e tinha sido diagnosticada como sendo o Esporão do calcâneo.

O “milagre”

Nessa visita fez então um tratamento e nunca mais voltou. Fiquei a saber, nesta visita anos mais tarde, que o tratamento feito teve efeito curativo anulando até à data a dor que vinha sentindo.

O novo problema

Nesta visita a paciente apresentou de novo o esporão do calcâneo como sintoma. Desta vez do lado esquerdo.

A dor era forte o suficiente para a fazer coxear. Estava já assim há mais de um mês.

O tratamento

Como de costume foi feito tratamento de acupunctura, distal ao local de dor.

Após colocação das primeiras agulhas pedi à paciente para andar um pouco e tentar verificar se sentia algum progresso. A resposta foi negativa. Voltou a sentar-se e continuei o tratamento, após colocação de mais algumas agulhas pedir novamente à paciente para se levantar e caminhar um pouco. Desta vez a paciente sentiu melhoria embora não total. Terminei então o tratamento e quando a paciente se voltou a levantar e caminhar, sentia apenas um pequeno desconforto, mas já não coxeava. As melhorias eram substanciais em apenas alguns minutos…

Restava agora saber se as melhorias iam manter-se ao longo do tempo…

Quando a paciente voltou para segunda consulta (cerca de 4 dias depois) as melhorias eram evidentes. Já não coxeava e apenas apresentava uma dor residual, num local mais pequeno que previamente.

Foi feito um tratamento, agora mais simples que o anterior e a paciente saiu sem queixas.

Clinica Daojia

O esporão do calcâneo

O esporão do calcâneo é um crescimento ósseo anormal, a partir do osso calcâneo, na região plantar. É relativamente comum afectando entre 10 a 20% das pessoas. Os que mais sofrem são; pessoas acima das 40 anos de idade, as mulheres e indivíduos com excesso de peso.

Nem sempre as pessoas apresentam sintomas, mas quando estes ocorrem podem ser muito intensos. O esporão pode dar uma dor intensa sempre que o pé pousa no chão, impossibilitando assim que o indivíduo caminhe normalmente.

A acupunctura no tratamento do esporão do calcâneo

A acupunctura tem efeitos extraordinários deste tipo de problema. Consegue obter um rápido alívio dos sintomas e uma consequente melhoria da qualidade de vida do indivíduo.

Este é um tratamento seguro e, quando feito de forma distal, não apresenta qualquer risco de agravamento.

Contudo, e embora a eficácia da acupunctura nestes casos não deixe dúvidas, nem sempre o esporão é tratado em poucas sessões. Em alguns casos, dependendo do estágio em que se encontra, podem ser necessárias várias sessões para que o problema se torna completamente assintomático.

Dicas

Uma das coisas importantes é o tempo de repouso. Esta é uma reacção normal que qualquer pessoa que sofre deste problema acaba por ter.

  • É muito importante ter um bom calçado que amorteça o impacto do pé no chão
  • Fazer massagem leve na zona do problema pode ajudar a aliviar os sintomas
  • Sempre que este problema começa pare de imediato tudo o que provoque impacto do pé no chão

Se a pessoa conseguir proteger o seu pé, é até possível que este problema se torne assintomático por si, embora isto não aconteça na maioria dos casos.

Crise de ciática?

Certo dia recebi uma chamada de um paciente para saber se o poderia ajudar.
Estava há cerca de 1 mês em crise.

Estava de baixa e medicado e mal se mexia.

Ao telefone tentei perceber o que se passava. Disse-me que tinha uma ciática e que não tinha sentido ainda grandes melhorias. Expliquei-lhe que uma ciática pode ter diversas causas e que em função disso o prognóstico é diferente. Contudo, é também verdade que a acupunctura oferece sempre resultados (dependendo da causa pode ter efeito curativo ou apenas paliativo)

O paciente decidiu marcar uma consulta e aceder a um conjunto de tratamentos para tentar ver aliviado o seu problema.

Ciática

Tem o nome de ciática a inflamação do nervo do mesmo nome. Este nervo começa na coluna (sai da região entre a L4 e a S2) e percorre o glúteo descendo pela perna e ramificando, até chegar ao pé. Este é um nervo muito importante e complexo, muitas vezes comprimido sofrendo assim e provocando o sinal de dor.

Sendo o nervo mais espesso do corpo humano, ele tem uma função motora, ou seja, activar os músculos permitindo assim o movimento/motricidade.

Início do tratamento

Quando recebi o paciente, ele veio com a filha e usando uma bengala. Entrou no gabinete a coxear e desalentado.

SINTOMAS

Começamos a consulta e perguntei exactamente quais eram os seus sintomas. Disse-me que mal conseguia andar e que apenas estava bem quando deitado na cama. Sempre que levantado ou sentado sentia dor por toda a região posterior da perna e no joelho, lado esquerdo. Também sentia dor na região da nádega do mesmo lado e algum desconforto na anca.

Perguntei se sentia algum desconforto na coluna se tinha historial deste tipo de problemas

Respondeu-me dizendo que desta vez não tinha qualquer dor na coluna mas esta era já a sua terceira crise.

Exames

  • Escoliose lombar
  • Osteofitos (bicos de papagaio) marginais e calcificações ligamentares (sobretudo entre L3 e L5)
  • Redução do espaço intervertebral L4-L5
  • Procidência discal posterior e esquerda em L2-L3
  • Procidência discal difusa L3-L4
  • Ligeiro contacto com a raíz nervosa L2 à esquerda
  • Herniação postero-lateral em L4-L5
  • Procidência discal posterior L5-S1

Os exames revelam alterações sérias na coluna. O paciente referiu-me também que ia ver um neurocirurgião em breve, a consulta já estava marcada.

O tratamento

Seguindo sempre o princípio da acupunctura distal, fiz o diagnóstico segundo os princípios de medicina chinesa e comecei então o tratamento.

Comecei o tratamento inserindo algumas agulhas e pedi de seguida ao paciente que se levantasse e andasse um pouco (a acupunctura distal permite que a pessoa mobilize a área afectada pois nesta nunca se encontram agulhas).

O paciente levantou-se espantado e começou a caminhar no gabinete. Disse que talvez estivesse um pouco melhor…

Pedi que se sentasse novamente e continuei o tratamento. Pedi uma segunda vez ao paciente que voltasse a caminhar no gabinete. Voltou a aceder ao pedido e a testar a sua dor. E foi aqui que notou claras melhorias. Nem seria preciso dizer nada pois a sua expressão alterou-se no momento em que percebeu as melhorias…

Disse-me que praticamente não sentia dor, apenas um pouco no glúteo e anca. Disse-lhe que ia tentar melhorar um pouco mais a sua condição e portanto pedi-lhe que se sentasse novamente para tentar eliminar por completo os seus sintomas.

Completei então o tratamento e pedi-lhe, antes que se deitasse na marquesa, que testasse uma última vez a sua condição. Agora sim! Não havia mais dor!

O paciente deitou-se e a sua curiosidade pelo que tinha acabado de acontecer levou-me a explicar a forma de actuação da acupunctura. “como é que as agulhas do braço podem retirar a dor da perna?”, dizia ele…

Tratamentos seguintes e evolução do paciente

Quando vi o paciente pela segunda vez, ainda acompanhado pela sua filha, que o trouxe de carro, já não trazia muleta. Embora substancialmente melhor, o paciente ainda tinha sintomas e sentia dores, por vezes fortes, ao levantar.

Voltamos a fazer tratamento e voltou a sair sem dor!

A partir do 3º tratamento o paciente já veio sozinho (de mota!) e apresentou-se estável.

Foram feitos diversos tratamentos para estabilizar a sua situação.

Recomendei também ao paciente que fizesse diversos exercícios específicos para poder manter a sua coluna controlada. A sua condição é muito frágil e é fundamental cuidar do seu corpo diariamente para que o mesmo não volte a suceder.

Cuidados a ter…

Este caso revela complicações estruturais importantes. Muitas vezes, sobretudo nas pessoas que têm crises recorrentes, existem alterações estruturais que estão na origem da queixa.

É fundamental tentar, se possível, adoptar hábitos que possam melhorar essa condição. O exercício físico executado correctamente pode fazer milagres! É claro que nestas situações a pessoa tem de ser acompanhada, deve pedir a um profissional competente que lhe ensine os exercícios necessários a fazer.

Se sofre de crises relacionadas com a sua coluna, não deixe passar. Não se esqueça de cuidar da sua condição apenas porque a crise já passou. Quando há um problema estrutural as crises voltam e voltam sempre pior! Cuide o quanto antes de si