Actualmente a medicina é muito evoluída e oferece resposta a todos os nossos problemas.
É também verdade que nem sempre a sua resposta satisfaz as nossas pretenções. É por essa razão que as chamadas “medicinas não complementares” têm ganho força nas últimas décadas. Estas ajudam significativamente as pessoas que procuram a cura para algumas doenças que teimam em não desaparecer ou que procuram melhorar a sua condição em doenças crónicas cuja medicina contemporânea parece não ajudar significativamente.
O nosso corpo tem uma medicina “secreta”
Mas e se o nosso corpo tiver ele próprio a solução?
E se o nosso corpo for capaz, sozinho, de se reequilibrar?
Há muito que é sabido, cientificamente falando, que o corpo possui a capacidade da homeostasia. Este simples “termo” é o que permite à humanidade de existir.
Homeostasia – estabilidade; capacidade do corpo se manter num estado de equilíbrio/saúde
O que isto quer dizer é que, cada vez que o corpo adoece ele procura, instintivamente, o regresso à normalidade. Isto acontece usando todos os sistemas ao seus dispor. É por essa razão que há febre, cicatrização, diarreia, dor, etc. Muitos dos sintomas que as pessoas se queixam, são na realidade mecanismos naturais do corpo para combater a doença.
Mas voltando ao assunto… Se compreendermos que o corpo tem a capacidade de se equilibrar, basta saber como podemos potenciar esta capacidade. Neste artigo pretendo falar da importância da alimentação ou, da ausência dela.
Todos já sentiram falta de apetite, principalmente em estado febril. Da mesma forma que sentiram também um pico de apetite na fase de convalescença. Quantos de nós segue as indicações do corpo?
Há momentos chave em que, se tomarmos a decisão correcta, ajudamos enormemente o corpo.
Vamos tomar um exemplo: Se nos apresentarmos num quadro febril, com o corpo dorido, dor abdominal, pouca energia o que vamos fazer?
Vamos para o sofá ver Netflix e comer uma torrada e beber um chá?
E porque não fazermos o que o corpo realmente precisa? Repouso, mental e físico! Então vamos não comer, enquanto estivermos neste estado. Sim! 1 dia, 2 dias.
Há milhares de anos que o ser humano lida com o Jejum, na realidade o jejum faz parte do dia a dia do Homem caçador-recolector. Apenas na sedentarização do ser humano (era agricola) o ser humano começou a aceder diariamente ao alimento.
“Por isso o nosso corpo está não só habituado a isso como, necessita disso. Todos os povos têm o Jejum presente nas suas culturas“
Aqui o pretendemos é usar o Jejum como tratamento e porquê? Ao jejuar em período de doença, vamos poupar o corpo, fraco, ao processo digestivo e vamos criar “espaço” para que haja um combate imunitário, regulação inflamatória, etc. Nestes períodos de jejum o corpo vai fazer uso das reservas e vai ter a possibilidade de combater o processo em causa de forma muito mais rápida.
Imaginem o que é estarem cansados depois de um dia inteiro de trabalho e alguém vos pedir para ir fazer uma mudança? Como se vão sentir?
Provavelmente vão conseguir, mas certamente que será penoso e difícil. Assim será para o vosso corpo quando enchem a barriga, quando este está a combater um processo difícil..
Então, ao não comer vamos simplesmente deixar o corpo fazer o que ele faz melhor, a homeostasia. Nunca devemos desprezar as capacidades intrínsecas do corpo, devemos compreendê-las melhor e fazer uso delas quando as situações se apresentam
*este artigo não visa substituir qualquer diagnóstico nem terapêutica. Destina-se apenas a fazer entender normais processos fisiológicos do corpo para que possamos melhor entender o seu funcionamento. Em caso de desequilíbrio, devemos todos consultar um profissional habilitado para nos ajudar no processo de cura