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Disfunção eréctil

Do que se trata?

Considera-se sempre disfunção eréctil sempre que o homem não apresenta uma erecção completa durante o acto sexual. O homem pode não conseguir ter erecção, tê-la apenas por momentos ou ter ainda uma erecção que não é suficiente. Qualquer uma destas condições entra na categoria de disfunção eréctil.

Quando aparece?

A disfunção eréctil está muito associada a uma idade mais avançada no homem, embora possa inclusivamente estar presente em jovens (geralmente ligado a questões ansiosas). Este problema afecta cerca de metade dos homens entre os 40 e os 70 anos, mas encontra-se em cerca de 85% dos homens acima dos 75 anos.

Quais as causas da disfunção eréctil?

A erecção peniana é um fenómeno de origem neurológica e psicológica e por isso a sua disfunção pode assentar em apenas um destes dois fenómenos, mas também em alguns outros mais particulares.

A função neural actua sobretudo na vascularização, permitindo assim o enchimento dos corpos cavernosos (tecido de características únicas existente no pénis) e evitando o seu retorno, deste modo provocando a erecção. Para além deste papel importante vai também actuar num aumento de sensibilidade e modelação hormonal.

Portanto e como resumo, as causas são diversas. Desde causas psicológicas (depressão, ansiedade), anatómicas (curvatura exagerada do pénis), neuronal (lesão dos nervos cavernosos), vasculares (obstrução das artérias cavernosas), hormonais (baixo nível de testosterona, farmacológica (antidepressivos ou antihipertensores). Estas causas podem ainda estar combinadas umas com as outras.

Factores de risco para a disfunção eréctil

A idade é considerada um factor de risto

Obesidade

Diabetes e dislipidémia (ex:. colesterol elevado)

Hipertensão

Tabagismo

Doença cardiovascular

Sedentarismo

Alguns medicamentos (ex:. antidepressivos, antihipertensores)

Diagnóstico

Parte do diagnóstico está ligada aos hábitos sexuais e à analise da performance sexual, são também feitos geralmente exames cardiológicos, de resistência física bem como laboratoriais (níveis de glicémia, testosterona, e perfil lipídico)

Tratamento convencional

A medicina oferece tratamento que difere em função do diagnóstico obtido. Mas uma boa parte do tratamento é universal, relaciona-se com os hábitos de vida, como a dieta, o exercício, o sono, etc.

Medicina Chinesa e a disfunção eréctil

Enquanto medicina holística a medicina chinesa preocupa-se sempre com o equilíbrio do ser humano e o equilíbrio do mesmo com o ambiente que o rodeia.

Portanto é fundamental corrigir a dieta, rotinas de sono e um correcto exercício físico.

DIETA – Em resumo deve reduzir/eliminar o álcool, e ter uma dieta de moderada a pobre no que respeita os hidratos (cereais e derivados, feculentas). Na dietética chinesa promove-se o consumo (moderado) se sementes (gergelim, linhaça, chia, abóbora…) e rebentos (grãos germinados). É também importante o consumo de peixe selvagem gordo e de marisco (de forma moderada). Para além da selecção dos alimentos é fundamental entender que a alimentação deve servir para nutrir o corpo sem nunca sobrecarregar o sistema digestivo, pois se isto acontecer o corpo torna-se mais frágil e débil e será mais difícil recuperar os níveis de saúde pretendidos

EXERCÍCIO FÍSICO – O exercício físico é fundamental sempre que queremos obter níveis de saúde aceitáveis. Contudo, o exercício não deve ser demasiado exigente levando assim o corpo à exaustão. O exercício deve estar ajustado às nossas capacidades e necessidades. A escolha de um exercício completo (tónico, que promova a flexibilidade articular e também o alongamento muscular) é determinante para a pessoa.
Nesta condição particular existem exercícios específicos que podem servir para potenciar a performance sexual e assim combater a disfunção sexual.

SONO – Sem o devido repouso é impossível obter saúde. O vigor sexual depende também de um estado físico pleno em que não haja fadiga. É por isso muito importante respeitarmos as horas necessárias de sono. Tentar nunca nos deitarmos depois das 23h sendo e tentando ter um sono continuado de 8h.

MENTE SÃ – Este é outro aspecto importantíssimo na saúde em geral e determinante também na performance sexual. Se ansioso, preocupado, depressivo o homem produz níveis inferiores de testosterona levando assim a uma erecção mais fraca. Deve haver uma profunda reflexão sobre o que afecta a mente e começar a resolver as questões que se arrastam diariamente e acabam por perturbar a saúde em geral e também a capacidade de obter uma erecção completa. Quando o sono é correcto a mente torna-se naturalmente mais forte. Há também certos exercícios (como o Yoga ou o Taiji) que obtêm benefícios mentais e que por isso também ajudam neste processo de reequilíbrio

Tratamento com medicina chinesa

A medicina chinesa oferece diversas formas de tratamento. O Taiji e o Qigong são formas mais gerais de abordar esta questão, mas a fitoterapia e a acupunctura apresentam-se como tratamentos mais concisos e pragmáticos quando deparados com um quadro de disfunção eréctil.

Há já diversos estudos que comprovam a eficácia da acupunctura bem como da fitoterapia no tratamento da disfunção eréctil. São hoje formas de tratamento seguras e eficazes que melhoram substancialmente a condição do paciente.

E as agulhas, são colocadas…

Não se preocupe! O tratamento não é local, o local das agulhas é estabelecido de forma estratégica para obter o efeito pretendido sem ser necessária a colocação de agulhas perto do pénis.

Dor que impede o andar

A Anabela* estava há cerca de 1 mês com uma dor no seu pé esquerdo. A dor começou lentamente e atingiu níveis que a impediram de andar normalmente. Um dia vi a Anabela a andar com uma bengala e sugeri-lhe que fizesse-mos alguma coisa.

O que é?

Tentei entender como a dor tinha aparecido, se tinha havido algum trauma. Nada aconteceu de anormal, nada que justificasse tamanha dor. O mais provável seria o agravamento de uma atrose. O pé apresentava-se também um pouco inchado e a dor era muito aguda quando o pé tentava suportar o peso do corpo

Disse a Anabela que seria recomendável recorrer ao médico e pedir-lhe que fizesse um exame “just in case”. Entretanto começamos logo o tratamento para tentar acelerar ao máximo a sua recuperação.

Tratamento

Começamos então o tratamento fazendo massagem. Desta forma foi-me possível tratar e, ao mesmo tempo, sentir o pé para tentar entender melhor o que lá se passava. Sentia que ao nível do tarso (conjunto de ossos do pé próximos do tornozelo) havia uma luxação entre o osso cubóide e o cuneiforme lateral. A Anabela queixava-se em alguns momentos, mas de forma geral sentiu que a massagem a estava a ajudar. Sentiram-se alguns “estalinhos” durante a massagem até que finalmente esta acabou. Combinamos de nos voltar a ver mais algumas vezes. Iria voltar a vê-la dois dias depois…
Quando voltei a ver a Anabela, ela já andava sem bengala e estava substancialmente melhor. Embora ainda com dor ao andar, sentia que o primeiro tratamento a tinha ajudado.

Voltamos a repetir o processo, e mais uma vez, e outra vez…

As melhorias foram extraordinárias, ao fim de 3 massagens a Anabela já praticamente não tinha dor e conseguia andar sem ter de se adaptar. Foram feitos mais alguns tratamentos até que decidimos parar devido à ausência de sintomas.

Perto do final do tratamento a Anabela recebeu os exames que mostravam algumas artroses uma pequena lesão antiga num ligamento e nada mais que justificasse o problema que havia sofrido.

No final do tratamento o pé estava bem e sem se encontrar inchado. For feita apenas massagem no local, que serviu bem o propósito pretendido 😉

*nome fictício

Refluxo gastroesofágico

Manifesta-se por desconforto, ardor na região do peito. É geralmente descrito como azia.

É um problema muito comum que ocorre em praticamente toda a gente em algum período da vida.

O refluxo ocorre quando o esfíncter gastroesofágico não consegue contrair suficientemente, permitindo que os sucos gástricos subam pelo esófago provocando então a sensação de ardor.

São diversas as causas que podem estar na base do refluxo:

  • Tabagismo – O tabaco prejudica muitos sistemas, nomeadamente a capacidade de oxigenação bem como a microcirculação, levando por isso a um envelhecimento precoce dos tecidos e perda de elasticidade, função muscular (afectando assim a capacidade de contracção do esfíncter)
  • Álcool – Leva a diversas alterações, uma delas ao nível do estômago e consequente produção de ácido gástrico. Afecta também a capacidade de contracção do esfíncter gastroesofágico
  • Aumento de peso – A gordura abdominal excessiva pressiona mecanicamente o estômago, aumentando a pressão contra o esfíncter, levando a que este se enfraqueça e acabe por deixar passar os sucos gástricos e, consequentemente, ao refluxo gastroesofágico
  • Excesso de comida – Comer demasiado às refeições cria stress sobre o esfíncter favorecendo assim o desenvolvimento desta patologia
  • Medicamentos – Alguns medicamentos são prejudiciais podendo estar na base do aparecimento desta doença

Sintomas

O sintoma mais comum é o de ardor na região do externo. Pode haver regurgitação, ou seja, os sucos podem chegar até à boca. Neste caso a pessoa sente um sabor “azedo” de vómito na boca. Estes sintomas tendem a ser piores quando a pessoa está deitada. Ocorre muitas vezes as pessoas acordarem de manhã com essa sensação na boca.

As pessoas podem também sentir que está algo na garganta, isto ocorre devido à irritação das mucosas.

Pode ainda haver irritação na garganta e também tosse, pois os sucos podem viajar até aos pulmões, provocando sons respiratórios e tosse como forma de expelir estes mesmos sucos

Complicações

Este é um problema muito comum na sociedade moderna e comumente tratado pela medicina ocidental. É importante perceber, que embora não seja uma patologia grave, se não tratada convenientemente, pode desenvolver situações muito complicadas:

  • Esofagite (inflamação do esófago)
  • Estenose do esófago (estreitamento do canal do esófago)
  • Úlceras no esófago (feridas na mucosa esofágica)
  • Carcinoma do estômago

Acupunctura e refluxo gastroesofágico

A acupunctura tem revelado um efeito muito interessante no tratamento desta patologia.
A acupunctura é capaz, a curto prazo, de eliminar os sintomas de ardor. A médio prazo consegue regular a função do estômago e por isso moderar e, por vezes, até resolver o problema em questão.

Prevenção

Aqui reside, mais uma vez, a estratégia mais importante

  • Refeições moderadas e equilibradas
  • Nunca jantar perto da hora de ir para a cama
  • Abolir o tabaco
  • Moderar o consumo de álcool
  • Comer espaçadamente

“se sofre de refluxo gastroesofágico não deixe andar, trate-se o quanto antes”

O uso de acupunctura na reabilitação

Sabemos que em problemas que necessitem de reabilitação, a fisioterapia é a escolha de eleição, mas e o que dizer do papel da acupunctura?

Existem inúmeros problemas que requerem reabilitação, alguns deles são: Sequela de AVC, fracturas, rupturas musculares, algumas cirúrgias nomeadamente ortopédicas, etc.

A fisioterapia é desempenha um papel importante, mas será que não existem outras formas que possam ajudar?

Aproveito para partilhar um caso como espécie de argumento…

Caso

Há uns anos recebi uma paciente que já havia tratado anteriormente. Quando me quis visitar foi porque estava a recuperar de uma fratura do antebraço (fratura distal da ulna e rádio). Tinha feito inúmeras sessões de fisioterapia mas continuava com muita dor e limitação no movimento do pulso e dedos.

A paciente decidiu então tentar a acupunctura para obter os resultados que ainda não havia visto.

Quando a recebi mal conseguia abrir a mão e pouco rodava o pulso. Sempre que o tentava fazer tinha muita dor.

Tratamento

Comecei então o tratamento de acupunctura distal, libertando assim o seu braço para executar diversos exercícios enquanto permanecia com as agulhas.

O resultado foi que a dor diminuiu drásticamente e a mobilidade aumentou de forma consistente. Em 6 tratamentos de acupunctura conseguiu melhorar o que em mais de 20 a fisioterapia não fez

Caso

Há uns anos tive também um paciente para reabilitação. Neste caso o quadro era bem mais complexo. Este paciente tinha sofrido um AVC há mais de um ano e estava muito debilitado. Não conseguia andar sozinho nem manter o equilíbrio. Um dos seus braços tinha muito pouca mobilidade, de um dos lados a sua boca estava espástica e o olho não fechava.

Como é prática comum foi sujeito a um tratamento de reabilitação na altura sem nunca ter recuperado substancialmente.

Tratamento

Quando veio ter comigo veio pela mão da sua mulher. Após alguns tratamentos já conseguia andar sozinho. Este foi um caso de tratamento prolongado, cerca de 1 ano. Mas quando o paciente decidiu terminar (haveria ainda muito a fazer) já andava sozinho, já tinha mobilidade no braço, havia recuperado a sensibilidade no pé…

Neste caso o tratamento de base escolhido foi a craniopunctura de Yamamoto (YNSA). Este método permite também que o paciente, enquanto está em tratamento com as agulhas, possa estimular o organismo com vários exercícios de mobilidade.

Estes dois casos servem apenas para exemplificar a contribuição da acupunctura nestes casos de reabilitação. Em vários locais, inclusivamente em Portugal, a acupunctura é usada concomitantemente com a fisioterapia para trazer melhores resultados.
Esse deve ser o caminho. Juntar as melhores estratégias para que os pacientes saiam a ganhar.

Em jeito de conclusão, SIM a acupunctura é uma mais valia nos problemas de reabilitação, e deve ser considerada sempre que a pessoa se depare com um problema do género

Acne após parto


“No final da gravidez e logo após a gravidez, tive uma explosão de acne infetado que depois originava bastante comichão, para além disso algumas das erupções criavam pus.  Após conversa com uma das mães no grupo de ioga sugeriu-me uma alternativa, a acupunctura. Recomendou-me o acupunctor Rafael, porque na altura estava a amamentar em exclusivo e mesmo, com o acompanhamento da parte médica, a nível dermatológico e obstétrico, não via grandes melhorias. E, sinceramente, ficava sempre aquele receio de passar para a bebé a medicação que estava a aplicar topicamente, como através da pílula e outro medicamento para reduzir a comichão. Apesar do Dr. de dermatologia ter tido isso em atenção, na primeira consulta que fiz com o Rafael, abordamos toda a minha situação clínica e, também, na adolescência por questões hormonais e à alimentação que fazia, tive uma grande explosão de acne situado na zona do peito e cara. Nesta vez, foi mais situado nas costas e peito.

Durante as primeiras semanas (de tratamento), notei realmente a comichão a desaparecer e após alguns tratamentos sentia a melhoria tanto na travagem de aparecimento de novas borbulhas, como no desaparecimento da infeções que tinha. 

Como já referi, ao amamentar em exclusivo tinha alguns cuidados com a alimentação (sempre tive na realidade…), mas em conversa com o Rafael, optamos por retirar as farinhas totalmente brancas e as bolachas processadas, que na altura consumia. E assim, com esta combinação e algumas agulhas, foi uma ajuda preciosa sem recorrer a muitos tratamentos e não interferiu em nada com a amamentação. Mais uma vez muito obrigada pela ajuda!”

Fotografias:

As imagens mostram como a paciente se encontrava no momento do inicio do tratamento e no final do mesmo

Rafael Laballe