Certo dia recebi uma paciente a sofrer de Tonturas.
Há muito que não se encontrava assim e recentemente que voltou a tê-las. As tonturas são incapacitantes na medida em que lhe dificultam no dia a dia, inclusive na condução. Ligado às tonturas convivia também, diariamente com náuseas.
Os médicos supeitavam de um problema cervical visto que a paciente tinha já diagnosticado hérnias cervicais. Adjacente a esta zona tinha também um problema num ombro, mais concretamente uma tendinose.
Infelizmente os problema não paravam aqui. A paciente possuía sintomas relacionados à menopausa como suores, sensações de calor e, desde há uns anos a esta parte que sentia muita tensão em todo o corpo à noite e sobretudo ao acordar.
Como é habitual nos tratamentos de medicina chinesa, tentamos compreender o que se está a passar no corpo para que este produza todos estes sintomas. Então começamos o tratamento tendo sempre como prioridade a queixa principal, as tonturas.
De notar que a paciente estava também medicada e até ao momento sem grande alteração do seu estado
Fizemos um total de 3 tratamentos até então.
Quando a paciente voltou para o segundo tratamento as tonturas já haviam baixado significativamente, a dor no ombro tinha baixado e a dor no pescoço também. Sentiu diminuição substancial do suor e um pouco ao nível dos calores. No entando ainda acordava com tensão no corpo todo.
Foram feitos alguns ajustes no tratamento e quando voltou para o terceiro disse-me que tinha parado com a medicação pois já não sentia tonturas há muitos dias. O ombro continuava um pouco melhor e os sintomas relacionados com a menopausa haviam desaparecido. A tensão no corpo já se tinha alterado
O que caracteriza a Medicina Chinesa é a sua abordagem holística. A capacidade de ver o corpo como um todo e não de forma desintegrada. Esta característica é fundamental e está na base de grande parte do seu sucesso. A habilidade de encontrar as conexões entre situações que são aparentemente muito distintas, permite resolver muitos desequilíbrios e, por vezes, rapidamente.
Rafael Laballe