Sempre me lembro de ter frieiras. Mal o frio apertava, as minhas mãos ficavam muito frias, vermelhas e surgiam as frieiras. Depois eram as comichões e muitas vezes as bolhas rebentavam e ficava um buraco. As dores nas mãos são também frequentes, neste estado avançado das frieiras.
Uma pomada que diziam infalível, pouco resolvia e quando fazia algum efeito, já havia decorrido muito tempo.
Por conselho médico, cheguei a dormir com luvas de lã, para que as mãos não arrefecessem de noite. Mas nunca deixei de ter frieiras, ano após ano.
As frieiras podem surgir nas mãos, nos pés, no nariz e nas orelhas. Felizmente que as minhas estão circunscritas às mãos. Quando atacam os pés não se suporta o calçado, por muito macio que este seja.
Quando referi este historial ao meu acupunctor Rafael Laballe, prontamente iniciámos um tratamento e a situação foi controlada.
Com apenas duas sessões as bolhas das frieiras começaram a secar e desapareceram.
Não deixei de ter frieiras a cada inverno, mas logo que elas se “mostram” fazemos o tratamento e acaba-se o sofrimento.
Ana Paula Catarino
2019
Fotografia das mãos afectadas:
Rafael Laballe