Dezembro 2016

Medicina Chinesa, o que é?

A medicina tradicional chinesa (MTC) surge há cerca de 5 mil anos. Como todas as grandes medicinas, A MTC por duas grandes vias; a empírica e a filosófica. Por um lado surge o tratamento térmico e manual como formas intuitivas de tratamento, provocando alívios directos; por outro a filosofia, com base na reflexão e observação, permite a estruturação da MTC. Aí a civilização chinesa marcaram a diferença, ao conseguir observar a Natureza, depreendendo os aspectos fundamentais que movem o Universo e imperam no planeta Terra.

Não é por acaso que a civilização chinesa foi mestra no controle das àguas, na criação da imprensa, no trabalho de metais como o bronze, descoberta da bússula (1500 anos antes do Ocidente), descoberta do fósforo (1000 anos antes), etc. Seria entediante enumerar as descobertas chinesas que antecederam as do mundo Ocidental. Estes exemplos servem apenas para clarear o desenvolvimento intelectual e ciêntifico que esta civilização possuia, e ainda possui.

Esta filosofia, que permite englobar tudo, desde a borboleta que poliniza uma flor, até à estrela Polar, entendendo o “Totum” e o seu funcionamento, permitiu também compreender o funcionamento Humano, através da lei do Macrocosmos e do Microcosmos.

Os chineses defendiam e ainda defendem, que tudo o que se passa no infinitamente grande (Macrocosmos), também se passa no infinitamente pequeno (Microcosmos), e que dessa forma tudo está ligado por mecanismo análogos, resta apenas identificá-los. Para isso foi necessário criar uma linguagem simplificada, através de conceitos abstratos, para que todas as pessoas podessem entender.

Um dos primeiros conceitos a ser criado foi o de Qi.

O caractér antigo transmite o efeito do vapor resultante do aquecimento do arroz. Esse vapor é movimento, vento, sopro, ar, energia, conhecido no Ocidente com Pneuma.

Como o próprio caractér indica, Qi está presente em tudo, quer no mundo animal, como vegetal ou mineral. Corresponde ao conjunto de todas as substâncias presentes na natureza, estando também presente em todas as suas manifestações. Qi é capaz de produzir tudo através dos seus movimentos e consequentes transformações. Sem Qi não há vida, sendo este indispensável à sua manutenção.

Os seus movimentos naturais são a subida, a descida, a interiorização e a exteriorização. Esses movimentos vão, de forma primária, originar Yin/Yang e as suas quatro fases

É já no período da dinastia das Primaveras e Outonos e dos Reinos combatentes (722-481 a.c.), conhecido também como o período das 100 escolas de pensamento, que surge a teoria do Yin/Yang, e dos 5 elementos, entre outras. Estas teorias vêm sistematisar ideias já há muito existentes.

Yang Yin
Céu Terra
Dia Noite
Calor Frio
Esquerda Direita
Alto Baixo

A teoria Yin/Yang vai de certa forma dar continuidade ao conceito de Qi, uma vez que são dois aspectos da mesma energia. É o nascimento da dualidade, e por consequência o início da análise dual do Universo. Yin corresponde ao aspecto energético mais denso, enquanto que Yang representa tudo o que há de subtil.

Desta análise distinguem-se 4 estados, associados à quatro direcções e estações. O pequeno Yang (Shao Yang), o grande Yang (Tai Yang), o pequeno Yin (Shao Yin) e o garnde Yin (Tai Yin).

Yang Shao Yang Este Primavera
Tai Yang Sul Verão
Yin Shao Yin Oeste Outono
Tai Yin Norte Inverno

Com as quatro fases, outros mecanismos se entendem, sendo embora estes aqueles que permitem um grande desenvolvimento da filosofia Yin/Yang.

É também sobre o ciclo Yin/Yang que o Fengshui (vento e água) desenvolve todas formas como promover uma circulação energética na casa, como na natureza. Fengshui pode ser considerado como o aspecto externo da MTC, pois através dele podemos equilibrar tudo o que nos circunda.

Na mesma altura surge a escola dos 5 elementos. Os chineses consideraram, a madeira, o fogo, a terra, o metal e a água, como os 5 elementos estruturantes do nosso planeta. Os chineses estudaram as suas relações e a sua forma de manter o equilíbrio.

Foi então desenvolvido os ciclos da criação e da dominação para explicar a forma como os 5 elementos se harmonizam.

No ciclo da criação são observados os mecanismos que levam a criação sucessiva dos elementos. Sendo assim:

“A madeira serve de combustível para alimentar o fogo; o fogo forma as cinzas que compõem a terra; a terra gera o metal nas suas profundezas; o metal purifica-se até se transformar em água; a água fornece o alimento às plantas, formando a madeira.”

Desta forma os elementos garantem a sua continuidade, actuando de forma simbiotica. Para assegurar o eterno equilíbrio, observa-se outra forma de equilíbrio, sendo este um mecanismo de controle, é a lei da dominação.

Para além de cada elemento criar outro, o seu filho, tem como dever, controlar aquele se é criado pelo filho, o neto. Sendo assim:

“A madeira controla a terra com as suas raízes; a terra forma diques e vales controlando assim a condução da água; a água consegue apagar o fogo, o fogo consegue derreter o metal; o metal dá origem às lâminas que cortam a madeira.”

Fica claro que neste período, a civilização chinesa possui um bom entendimento do mecanismo natural, conjuganto também os fenómenos astrológicos aos terrestres (aqui descritos). Conseguem por isso, prever castástrofes naturais, conhecer os períodos auspiciosos para a agricultura, entendendo igualmente os períodos de instabilidade social, politica , económica, etc.

Aplicando este conhecimento ao ser humano, a partir da lei do Macrocosmos e do Microcosmos, a civilização chinesa conseguiu decifrar todos os mecanismos orgânicos, e das suas interacções com a natureza.

Abaixo estão representados alguns exemplos desse entendimento.

Yang Yin
Homem Mulher
Vísceras Orgãos
Qi Sangue
Pele Osso
Inflamação Degradação
Vermelho Azul

Através de todo este entendimento, começa a estruturar-se o sistema médico chinês. Há uma grande vantagem que faz da MTC, talvez a mais importante da nossa era. É o facto de se conseguir definir saúde e a a conseguir preservar. Esse é o principal objectivo da MTC, conservar a saúde.

Numa altura em que se tenta, a todo o custo, descobrir o elixir da juventude, da saúde eterna, do bem estar, com a manipulação genética, gestação de células estaminais, tratamentos “anti-aging”, a MTC tem todas as respostas que procuramos. Talvez ainda não estejamos preparados para reconhecer a simplicidade da saúde, e não tenhamos a humildade suficiente para aceitar receber conhecimento de uma medicina que não assenta no actual paradigma cientifico. Uma coisa é certa, a MTC é uma das medicinas actuais mais velhas, mas também uma das mais actuais. Para isso basta ver que desde a formação do sistema médico que a MTC não de destruturou, muito pelo contrário, tem-se revelado cada vez mais útil. Á medida que novas doenças aparecem, a MTC continua a fornecer as armas necessárias para as tratar. Ao contrário da medicina alopática, que está constantemente desactualizada e que não consegue combater doença alguma sem antes a ter estudado. Isto quer dizer que no momento em que surgir uma doença mortal com um alto índice epidémico, a “nossa” medicina não terá qualquer capacidade de a parar.

A MTC é cada vez mais acreditada e mais aclamada, pois todos os dias surgem estudos ciêntificos ocidentais a comprovar os seus efeitos, cada vez mais se confirmam os tratamentos efectuados, que antes eram criticados e aniquilados. Este é outro problema da actual ciência. Em vez de se analisar o que se desconhece, a tentação é de aniquilar qualquer acontecimento que não tenha ainda, como era o caso da MTC, uma compreensão ciêntifica. Não haver explicação cientifica para algo, não significa que esse “algo” não exista ou seja uma mentira.

Para a MTC existe um dogma àcerca da saúde; “manter a livre circulação de Qi”. Isto é o que cada um de nós deve fazer. Se o conseguirmos, seremos saudáveis. Algo de simples, talvez demasiado simples para alguns. Mas porque haveria de ser complicado? Se o fosse estariamos todos extintos! Todos os seres ditos “irracionais” teriam morrido por não terem a inteligência para sobreviver.

Acupunctura no tratamento da náusea e do vómito

Há muito que a acupunctura tradicional é utilizada para o tratamento de náusea e vómito.

Podem ser utilizados diversos pontos de acupunctura, embora haja um ponto que se destaca pelo seu efeito. Este ponto, Neiguan, encontra-se perto do pulso, na região anterior do antebraço.

De 29 estudos considerados, com pacientes plenamente despertos ( sem efeito de anestesia), 27 foram favoráveis ao tratamento pela acupunctura.

Numa selecção de maior qualidade, oram escolhidos 12 estudos entre os quais, 11 apresentaram resultados positivos. Estes 12 estudos envolveram cerca de 2000 pacientes tendo sido desenvolvidos por pesquisadores diversos assim como as técnicas de punção. Sendo que o ponto utilizado foi sempre o mesmo.

Conclui-se que a acupunctura é eficaz no tratamento da náusea e do vómito pós-operatório, proveniente de quimioterapia e provavelmente em grávidas.

Não deixa de ser interessante verificar que em estudos feitos com o mesmo ponto em pacientes sob o efeito de anestesia, não houve qualquer resultado. Estes estudos indicam que a acupunctura actua por determinados processos, inibidos aquando da anestesia.

Acupunctura para aumento do peito

O tratamento de acupunctura para o aumento do peito, estimula os músculos da zona e aumenta a circulação na mama. Como resultado, podemos ver o peito reafirmado e aumentado. Podemos por isso usar este tratamento para o reafirmar e/ou o aumento do peito.

Este tratamento consiste no conjunto de 14 tratamentos repartidos em 3 fases de tratamento. Cada sessão dura cerca de 30 minutos.

O tratamento consiste no tratamento da acupunctura com electroestimulação local. No final deverá ser feita uma rápida massagem sobre o peito para reequilibrar a estrutura mamária e aumentar a circulação sanguínea.O tratamento não é doloroso e permite um aumento progressivo e constante do peito, durante todo o tratamento.

Outros tratamentos de estética:

Rafael Laballe

Chiapi, o método para deixar de fumar numa sessão

 CHIAPI

O método Chiapi é um tratamento de acupunctura para deixar de fumar, e consiste na inserção de duas agulhas na face lateral do nariz.

O método Chiapi elimina a necessidade de fumar desde o primeiro tratamento em 80% dos casos. Com dois tratamentos o sucesso sobe para 90%.

O método Chiapi elimina a necessidade da nicotida mas não a vontade que a pessoa pode existir. Como pode uma pessoa diferenciar a necessidade da vontade? A necessidade da nicotina traduz-se em ansiedade, irritabilidade e impaciência. São sintomas muito fortes que indicam intoxicação do organismo. A vontade o desejo está ligado ao hábito de fumar, de pegar no cigarro, são muitas vezes actos inconscientes do próprio organismo.

O tratamento é feito com duas agulhas e dura cerca de 15 minutos. O paciente tem uma sensação desagradavél mas não dolorosa. As agulhas deverão ser estimuladas entre 3 a 5 segundos antes de retiradas.

Este tratamento deverá ser sempre efectudado por profissionais competentes com formação em acupunctura

 

 

 

ESTUDO

 

 

Os resultados

 

Para demonstrar cientificamente a eficácia do método Chiapi, os autores Yves Requena, Claude Pernice, Daniel Michel realizaram um estudo em 1353 fumadores em meio hospitalar em Marselha (Interesse terapêutico da Acupunctura na luta contra a intoxicação tabágica). É o primeiro estudo mundial em grande escala sobre a desintoxicação tabágica, 1975-1976. Assim, depois de 1 mês e uma ou duas sessões de acupunctura efectuadas com  uma semana de intervalo, 70% (mais precisamente 68,12%) dos pacientes tinham deixado de fumar, passados 3 meses 60% (mais precisamente 59,99%) dos continuava sem fumar.

 

 

Eficácia do método sobre a necessidade fisiológica

 

Em 1142 pessoas analizadas neste estudo, apenas 120 indicou a razão de necessidade como explicação para a reincidência tabágica, ou seja 10,50%. O que significa que 89,50% das pessoas não sentiu necessidade de voltar a fumar.

 

A necessidade foi a razão indicada nos casos de reincidência tabágica, principalmente nos primeiros meses.

 

  • 6,56% antes do 4º dia
  • 1,75 entre o 5º e o 10º dia
  • 1,85 entre o 11º e o 30º dia

 

Após o 2º e 3º mês, apenas 0,17% as pessoas evoca a necessidade como razão para voltar a fumar.

 

Daí o interesse, para aumentar as possibilidade de sucesso, de uma 2ª e 3ª sessão a decidir pelo fumador, assim que ele sinta uma queda na motivação.

 

 

Os homens param mais facilmente que as mulheres

 

Os homens e as mulheres não reagem da mesma forma na desintoxicação tabágica

Até aos 3 meses 59,99% dos grupo estudado continua sem fumar, mas:

 

Número de pessoas Paragem completa Paragem completa %
Mulheres 238 116 48,74
Homens 904 568 62,83

 

Este quandro mostra que em 904 homens tratados, 568 deixam completamente de fumar ou seja, 62,83%. No caso das mulheres, em 238 mulheres tratadas foram 118 as que deixaram completamente de fumar, somente 48,74%. Este estudo conclui facilmente que as mulheres têm mais dificuldade em deixar de fumar quando comparadas ao homem neste método. Acaba por ser um resultado pouco surpreendente, pois ele é semelhante em todos os outros métodos de desintoxicação.

 

 

Dificuldades tipicamente femininas

 

São muitas as hipóteses que podem explicar a dificuldade da mulher em deixar de fumar:

 

  • A mulher, salvo quando está grávida, está menos motivada a deixar de fumar do que o homem. Frequentemente menos intoxicada que o homem, ela não sente com ele, os primeiros sintomas patológicos provocados pelo tabaco (tosse, diminuição da capacidade respiratória, etc.)
  • A mulher fuma com menos frequência e algumas vezes inala menor concentração de fumo, contrariamente ao homem. Ora a intoxicação tabágica da mulher será então, muito mais uma questão de hábito gestual e de prazer intelectual do que uma verdadeira necessidade física da droga. Isto explica que a Acupunctura (que retira a necessidade física) tenha uma menor acção nos fumadores do sexo feminino.
  • A mulher, que possui um carácter psico-afectivo completamente distinto do homem, tem possivelmente maior dificuldade que este, em se “separar da companhia do cigarro”.
  • Mas tudo isto está a mudar, pois as mulheres fumam cada vez mais, e mesmo nos mais jovens, as mulheres já fumam mais que homens, e em quantidades idênticas.

 

 

A pessoas dentre os 36-45 anos têm os melhores resultados de sucesso no processo de desintoxicação

 

A idade do fumador é determinante para no sucesso do acto de deixar de fumar.

 

Paragem completa:

 

  • Dos 0 aos 25 anos – 47,34%
  • Dos 26 aos 35 anos – 59,42%
  • Dos 36 aos 45 anos – 71,23%
  • Dos 46 aos 55 anos – 68,93%
  • Acima dos 55 anos – 46,51%

 

Num total de 698 pessoas

 

Segundo este quadro, em 285 pessoas dos 36 aos 45 anos, 203 deixaram de fumar (71,23%). Com igual importância, em 206 pessoas entre os 46 e os 55 anos, 142 deixaram completamente o vício (68,93%).

A média da fatia 36-55 anos atinge ou passa os 70%. Se incluir-mos o grupo dos 26-35, que não está longe da média geral: 49,42% em comparação com os 49,89% da média geral, a constatação é ainda mais evidente.

 

Em conclusão: Entre os 26 e os 56 anos, a média conjunta dos fumadores que param de fumar é de 66,52%. Ora traduzindo em número, 2 em cada 3 fumadores, entre os 26 e os 56 anos, não voltam a fumar até aos 3 meses com o método Chiapi.

 

O resultado geral aos 3 meses, está marcado por duas fatias etárias que não reagem tão bem: abaixo dos 25 anos (47,34%) e acima dos 56 anos (46,51%). Estes fracos resultados são eventualmente explicados através de factores sociais e psicológicos.

 

 

36-55 anos: a idade do juízo?

 

A motivação para deixar de fumar, quando nos encontramos nesta faixa etária pode explicar-se pelo facto do sujeito ter idade suficiente para sentir os primeiros efeitos maléficos do tabaco, e ainda jovem o suficiente para viver muito tempo de boa saúde.

 

 

A quantidade de tabaco fumado não influencia a eficiência do método

 

            É compreensivel pensar-mos que quanto mais fumamos, mais intoxicados estamos e mais dependentes desta droga, ora é então mais dificil deixar de fumar…

Nada como a estatística para nos provar o contrário.

 

Paragem completa:

 

  • 0 a 15g/dia – 63,20%
  • 16 a 35g/dia – 60,85%
  • 35-55g/dia – 58,28%
  • Mais de 56g/dia – 61,11%

 

Num total de 692 pessoas

 

Chamada de atenção: 1 cigarro = 1 grama de tabaco

 

A analise estatística dos resultados do estudo demonstra que a quantidade de tabaco fumada não tem qualquer influência statistica significativa na eficácia do método Chiapi. Esta experimentação apoia fortemente a teoria de que este método de acupunctura suprime completamente a necessidade quer a quantidade seja grande ou pequena, dando a ideia do tudo ou nada.

 

 

Os anos de tabagismo têm pouca influência no processo de desintoxicação

 

Para que a avaliação da influência dos anos de intoxicação tabágica no processo de desintoxicação seja correcta de modo a não interferir a idade do indivíduo, este estudo valorizou os “anos de tabagismo” de cada caso.

 

Anos de tabagismo Paragem completa (%)
1 a 5 49,63
6 a 10 60
11 a 20 64,67
21 a 30 67,45
31 a 40 57,46
41 a 50 51,16
Mais de 50 53,92

 

Na observação destes resultados é impossível tirar uma conclusão válida.

Aparentemente, as pessoas com poucos anos de tabaco (menos de 5 anos) estão ainda num “período rosa”. É então, quase lógico que estes indivíduos parem de fumar com maior deficuldade.

 

Os anos de tabagismo

 

Este termo é a unidade do nível de intoxicação que associa a quantidade de tabaco fumado ao tempo em que o vício está presente. Então um maço de tabaco por dia, 20 gramas de tabaco por dia durante 1 ano, é equivalente a um ano de tabaco. Segundo esta regra, se um fumador consome 40 gramas de tacabo por dia ( dois maços de tabaco por dia) durante um ano, será equivalente a fumar 20 gramas de tabaco por dia durante dois anos, sendo considerados 2 anos de tabagismo.

 

 

A inalação do fumo torna mais dificil a desintoxicação

 

Inalação e paragem completa:

 

  • Sim inalo – 59,42%
  • Não inalo – 66,25%

 

Num total de 684 pessoas

 

A inalação de fumo aumenta a dependência à nicotina, tornando a paragem mais dificil. Segundo este estudo, os indivíduos que não inalam o fumo para mais facilmente em relação aos que inalam. Embora, para o método Chiapi, esta diferença seja evidente, não é estatisticamente significativa. O que permite então concluir que a eficácia do método Chiapi não é alterada pelo facto de se poder inalar fumo ou não.

 

 

Medição da intoxicação

 

É possivel medir a intoxicação tabágica activa ou passiva com um aparelho que doseia o monóxido de carbono no ar expirado. Este gaz provém da combustão do tabaco e está presente em grandes quantidades no fumo inalado. A sua medição dá uma medida de perigo de intoxicação assim como da dependência do fumador, pois quanto mais fumamos maior é a quantidade de monóxido de carbono existente e maior a dependência.

 

 

Fumar em jejum é um sinal de grande dependência

 

O resultado dos estudos confirmam que o facto de se fumar em jejum é um sinal de grande dependência à nicotina. O que torna a paragem mais dificil através do método Chiapi.

 

Paragem com jejum

 

  • Sim 249 – 52,53%
  • Não 435 – 65,12%

 

 

Tabaco e dependência

 

Se o tabaco é considerado como um toximaníaco, isto deve-se ao facto deste criar uma dependência a três níveis, níveis esses que se interligam e se complementam:

  1. Dependência psicológica ligada ao prazer de fumar
  2. Dependência comportamental ligada aos gestos e hábitos
  3. Dependência física ligada à nicotina

Após a inalação de um bafo de cigarro, a nicotina chega ao cérebro passados 7 a 10 segundos. Este “shoot” provoca uma aceleração do ritmo cardíaco e um aumento da pressão arterial. A fixação da nicotina em certas células receptoras no cérebro, estão na origem da sensaçao de prazer que apenas aparece com o consumo de pelo menos 1 a 2 cigarros por dia após uns meses de tabagismo. A nicotina é em seguida eliminada pelo organismo durante cerca de 2 horas. Se não fumar-mos entretanto aparece então a sensação de falta.

 

O sucesso da desintoxicação é independente da motivação

 

Motivação e paragem completa

 

  • Por razões médicas importantes, 94 – 53,72%
  • Outras doenças e sintomas incomodativos, 155 – 58,05%
  • Medo da doença, sem motivação, 435 – 62,14%Segundo os resultados do estudo, a motivação (o “clic”), não tem valor no prognóstico do paciente neste método. Então o fumadores com doenças graves não deixam de fumar mais facilmente do que os fumadores que não têm indicação médica